Linha do tempo
Eu via o rapaz na bicicleta de uma altura de 13 andares. Estava de costas seguindo a rua de areia que daria na principal cruzando a estrada do encanamento. Devagar era a impressão, mas, como o tempo é diferente para quem se movimenta e para quem olha ou observa ou fica parado, ele estava em uma velocidade comportada. Seguia em linha reta. Imaginei uma linha azul, sem curvas nem acidente, e por incrível que pareça ele não saia da minha linha imaginária, seguia retinho a linha de minha imaginação. Era 6:10 da manhã. O sol estava quente e refletia as janelas das áreas de serviço dos prédios de frente. A linha do mar de Olinda estava tão brilhante que doía. Casa Forte estava começando a despertar.
Olhei novamente o rapaz da bicicleta. Ele chegou na estrada asfaltada. Parou. Olhou pro lado e pro outro, não havia presença de veículos, apenas esperou um ônibus cruzar a rua principal e atravessou seguindo para a Harmonia. O tempo eu quase que não calculava, mas, arrisquei. 3 minutos entre minha visão, a linda imaginária e o meu olhar até ele desaparecer.
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1 Comentários:
Descobri seu blog hoje...
Estou encantada com os textos...
Espero que venha logo para SP para eu poder ver um show teu!
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