Capricórnio
Painho??????
o garoto se movimentava entre a sala e o banheiro com a velocidade da luz, não através do andar.Pelos olhos. Ele exercia a velocidade da luz, rápido, mais que rápido, a formula secreta da luz em seu olhar, entre 5 segundos ele correu como Eisntein previa. O tempo não existia para aquele olhar do garoto, não via nada na frente, uma câmera que se movimentava entre as paredes do corredor até chegar na porta do banheiro e ver o Pai no banho.
Painho? terminou?
Na volta para sala a calma era a tônica do caminhar, quase em câmera lenta, slow.Brando o olhar. Sequer piscava e ia, ia até onde estava o controle remoto e apertar o botão on, ao lado do off. A imagem surgia.
Dois momentos incoerentes. Contraditórios entre si. Na ida a velocidade da luz. Na volta o tempo escorregadio pela vida. A fórmula era a idade do garoto subtraída pela idade do Pai. Esse era o tempo que naquela cena estava estabelecido. A eternidade era essa subtração.
Pedro gostava de jogos virtuais. Sandro era um navegador. O bairro era longe do mar e perto das casas de jogos eletrônicos. Calmo e brando o vento passeava pela praça e nem as pessoas que sentiam no rosto a aspiração das árvores, se davam conta de que alí os fantasmas dos casarões estavam flutuando entre eles e elas. Outra fórmula que estava sendo visualizada pela mente inquieta de Sandro enquanto ele se enxugava do banho. O tempo que estava vivendo era um rastro de desejo que os outros fizeram para chegar até a imagem que projetava na tela as cenas do documentário. Tempo é caminho, não é corte de horas.
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1 Comentários:
que bom que voltou pro blog. Adorei. Adoro acompanhar desdobramentos literários... val
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