SHOW EM BREST NO FESTIVAL DU BOUT DU MONDE-FRANÇA
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Show 5 e 6 - UMA VISÃO DO OPERADOR DE SOM - TITIO





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21.8.07
PARECER FINAL DO TECNICO DE SOM - TITIO - SHOWS 7 (BREST-FRANÇA) E 8 (KILKENNY-IRLANDA)

Esse aí em cima ao meu lado (estávamos no avião da TAP Lisboa/ Recife) é nosso operador de som e agora, novo relator de viagens internacionais:Titio, que nos ofereceu um panorama real e tecnico do que é uma banda, um artista, produzir e realizar uma tour com bases no mercado Independente, sem apoio institucional, com investimento próprio, e com amor pela música. Valeu Titio!
Já estamos no Brasil e eu estou agora tentando lembrar o que aconteceu entre o show na Bélgica e os dois últimos, um em Brest na França e o outro em Kilkenny na Irlanda.
São tantas idas, vindas, arruma mala, desfaz mala, que nos perdemos de vez em quando. Comentei no encontro que Silvério fez na Livraria Saraiva, que na Tour de 2005 dos 100 dias entrei numa cabine telefônica e liguei pra casa pra falar com a família. Ao me perguntarem de onde eu estava falando, dei uma olhada ao redor e disse que não sabia qual era a cidade. É muito louco isso, não?

Vamos então direto para os dois últimos shows.
Brest, França, Festival Du Bout Du Mond. Segundo Marc, produtor de Silvério, Festival no fim do mundo, ou no final do mundo, ou ainda no c... do mundo!
Entramos tanto dentro da mata, que realmente era no c... do mundo mesmo!
E é muito engraçado como surge de uma hora pra outra, estruturas enormes e bem montadas nestes lugares longínquos e inabitados. Eles simplesmente abrem os espaços no meio da mata e montam as grandes estruturas. Pensava que o Esperanzah seria o maior festival desta turnê, mas me enganei legal!
Ao chegarmos atrás do palco, notei que os equipamentos que estavam lá não eram o que Marc tinha me passado. A estrutura era muito maior. E realmente, e infelizmente, aquele não era o palco que iríamos tocar. Fico imaginando como seria ter tocado neste palco 1 depois do que aconteceu no palco 2 aonde tocamos. Depois fiquei sabendo por Renatinho que existia ainda um palco 3!
Este palco 2, armado há uns 300 metros do palco principal, tinha a mesma utilidade do palco 2 do Abril Pro Rock, ou seja, divulgar novos trabalhos enquanto o palco 1 é arrumado para a próxima atração. Mais uma vez cruzamos com Salif Keita nesta turnê, mas ele tocou no palco 1.
Mais uma vez, o show seria em dois tempos de 40 minutos, mas... com um intervalo de aproximadamente 5 horas! E desarmando tudo para montagem de mais duas atrações que tocariam com o mesmo tempo de show e o mesmo tempo de intervalo!!!
Achei muito estranho. E o show foi estranho também. Foi discutido ainda antes de chegarmos ao local como seria feito este show. Faríamos a mesma coisa que foi feito em Bourdeaux, ou seja, só dividindo o show pela metade, ou montaríamos um novo roteiro com as músicas mais “porradas” e tocaríamos a mesma coisa nos dois tempos? A decisão foi dividir o show no meio mesmo.
Pelo tamanho do festival e do local do nosso palco, mereceria uma mesa e um sistema de som melhor do que o que estava lá. Mas... Fazer o quê, não é?
Passamos o som e esperamos uns 30 minutos para começar. Silvério era a primeira atração daquele palco. Achei esta primeira parte do show fria... As pessoas estavam começando a chegar ao festival e não sabiam direito o que queriam fazer, muitas passavam direto para o palco principal, a iluminação não fazia muito efeito, pois ainda estava claro, e esta primeira parte do show não tem um crescimento tão evidente como a segunda parte, principalmente porque o roteiro do show não é feito para se ter um intervalo no meio, e muito menos um intervalo de 5 horas! Tirei fotos dos dois tempos do show e dá pra notar isso claramente. Se der para Silvério postar as fotos, seria legal.
Na segunda parte do show, a coisa foi muiiiito diferente!!! Já tinha muito mais gente, a luz já fazia efeito e é a parte do show que tem um crescimento muito mais evidente, principalmente em relação aos andamentos das músicas, quando encerramos com Na Boléia da Toyota e tinha ainda o Coco do M (que tem uma base eletrônica) para o bis. O final foi apoteótico, com todos no palco agradecendo e Silvério ainda puxava um coro com o público “a capella” (cantava com o público sem base nenhuma, só usando a voz). Atrás de mim, o técnico do festival gritava: super, super, super! Temos também este filme com a visão de cima do palco que Marc filmou. Peçam para colocar no Youtube.
De alma lavada, seguimos para a terra de U2.
Dublin! Lindo o lugar Titio?
Não tenho a menor idéia! Só conhecemos o aeroporto!!
Já tinha um “bondoso velhinho” nos esperando com um ônibus (com a direção do lado direito) para levar a gente para Kilkenny, que ficava a umas duas horas de Dublin! E foi muito estranho viajar sempre pela contra-mão!
Chegamos na cidade e nos informaram que o hotel aonde iríamos ficar era exatamente aonde seria o show. Fiquei imaginando com meus botões (faço muito isso): ...bem que poderia ser um daqueles hotéis enormes que ficam no Cabo de Santo Agostinho, com uma área enorme externa aonde se pode armar um palco grande, com um som grande, com uma luz grande... Errei!
O hotel era realmente luxuoso como os do Cabo, mas o lugar do show foi no salão nobre do hotel. Um lugar pequeno, todo alcatifado, que dava até medo de pisar pra não sujar. Tinha vários lustres que me lembravam o lustre do Teatro Santa Isabel. O equipamento (mesa e periféricos) era desproporcional para o local. Era muito som pra pouco espaço. Vai entender!
A mesa de som era uma Midas, que parecia mais uma árvore de natal com uma infinidade de canais, com vários botões com luzes coloridas. É mesa para impressionar a menina que você está paquerando! Bem que eu estava precisando nesta turnê que alguém me paquerasse! Mas só chegam perto de mim para avisar que o som está alto!
Eliminei de cara alguns canais, pois sabia que não precisaria de microfones para captar tais canais porque o espaço era pequeno e o próprio som dos instrumentos daria conta do recado. E realmente foi isso que aconteceu.
Passamos o som tranquilamente, jantamos e aguardamos a hora do show.
Não sabíamos, mais uma vez, o que nos aguardava. Vai dar gente? Que perfil teria este público? Não tínhamos a menor idéia!Quando estávamos passando o som, o salão estava totalmente vazio e só existiam umas mesas altas sem bancos perto da mesa de som, que lembravam aquelas mesinhas usadas em bares para se tomar caldinho em pé, só que bem maiores e mais luxuosas no design. Pensei com meus botões (olha meus botões de novo!): Pelo menos não vai ter aquelas mesas com os bondosos velhinhos sentados tomando água mineral com gosto de framboesa, esperando ouvir música clássica do Brasil. Errei de novo! Pelo menos no quesito bons velhinhos sentados nas mesas. Só não imagino o que eles estavam esperando da música que seria tocada naquela noite.
Tomei um susto ao chegar à noite e ver várias mesas enormes redondas espalhadas pelo lugar, e algumas bem perto das caixas de som. Fui ao camarim e avisei para Silvério e para a banda o que tinha visto, e conversamos sobre o assunto. Falei que começaria com um volume um pouco abaixo do que usei na passada de som e observaria o resultado. Não estava nos meus planos estourar os ouvidos dos bondosos velhinhos perto das caixas de som. Começamos o show e naquele instante só notava dois tipos de público: o pessoal mais velho e formal sentadinho nas mesas e um pessoal mais informal em pé nas mesas “dos caldinhos” que ficavam na minha frente. Existia ainda um espaço vazio para as pessoas dançarem na frente do palco.
O show, como era de se esperar, começou frio. Nem Silvério imaginava o que aquelas pessoas estavam dispostas a ouvir, e nem aquelas pessoas sabiam o que realmente iriam ouvir!
E mais uma vez a interação foi acontecendo no decorrer do show e eu fui aumentando o volume também. Nas últimas músicas, muita gente já estava no espaço vazio dançando e participando do show. Empolguei-me e coloquei um grave na vinheta de Na Boléia que sempre coloco nos shows e os lustres estremeceram.
Até a música Coco do M, que eu pensava no começo do show que não teria espaço naquela noite, foi tocada no bis!

Com o término do show e já com as luzes acesas do salão, pude notar um outro tipo de público que eu não tinha notado antes e que estavam sentados NO CHÃO perto do salão. Era uma galera bem mais (muito mais) despojada do que a galera das mesas do caldinho. Despojadas em tudo: tinha cabelo rastafari, tinha piercings, tinha roupa “das olinda”, tinha tatuagens, etc. Só faltou um bondoso cachorrinho...
Era uma cena que jamais vamos ver por aqui em um show num salão nobre de um hotel de luxo, podem ter certeza disso.
Isso é uma turnê na Europa!
Que venham outras turnês, outros palcos, outros equipamentos.
Que venham outras regiões, outras cidades, outros países.
Que venham outros Continentes!
Até a próxima.
Um abraço.

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1 Comentários:

Em 7:28 PM, Anonymous Anonyme comentou:

titio tu é rodado mas ainda é muito verdinho!! falta muita coisa pra tu ser oque tu acha que é!!

 

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