BJORK FAZ DISTANCIA NAS MELODIAS E SOA COMO UM BOM CAFÉ
PERAMBULANDO E VENDO AS PESSOAS
Aqui em Nijmegen, Holanda, parece que tudo dá certo. Do recolhimento do lixo tão rápido que nem parece ter lixo nessa cidade, até o comércio repleto de pessoas comprando, como se não houvesse problema econômico. Tudo funcionando bem nessa pequena cidade de pessoas “iguais”, com os emergentes imigrantes presentes em toda parte da Europa.
Entre os dias 29 e hoje, 3 de junho, passamos por tantas cidades e 3 Países, que a cabeça deu um nó. Orleans, Lille (França), Bruxelles e Antwepean (Bélgica), Utrech e Nijmegen (Holanda), inclusive nosso aeroporto de saída da Europa vai ser por Amsterdan. As pessoas muitas vezes parecem iguais, outras vezes parecem diferentes por grupos de imigrantes, isso confunde definir a qual grupo pertence determinados bairros e pessoas. Aqui em Nijmegen, onde estamos quase saindo para nosso ultimo show da Tour no 22nd Musicmeeting, a predominância de Holandeses é nata.
A Holanda acaba de empatar com a Austrália em um amistoso equilibrado. A Austrália empatou no segundo tempo com um gol de pênalti, no qual, a bola bateu na trave e de volta bateu nas costas do goleiro da Holanda, ele tentou afastar a bola mas o zagueiro se atrapalhou e o atacante Australiano deu uma bomba pro gol Holandês. Assistimos o jogo no quarto do Fabrício, nosso produtor de Tour.
Retorno ao Brasil via Lisboa. Hoje é 04 de junho, mas, só sairemos na madrugada do dia 5 via Amsterdam. Eu vou pro Rio de janeiro na quarta feira, fazer parte como convidado de um show no Circo Voador. Ou seja, mais saídas. Acho que só me aquieto na próxima segunda feira.
Bjork foi nossa trilha várias vezes nas estradas cinzas da Europa. Cds e DVDs ornamentaram nossas vistas, buscando alguma cor em um verão que não chegava naquelas tardes e manhãs de estradas. O café nesses momentos parece um santo que vem atender nossas promessas. E quando vem com aroma de cacau....adoro essas combinações que o café pode oferecer, cacau, leite, e até uma bebida forte entra nesse mundo escuro, árido e suave do café. Café com creme.
Gling Gló faz parte de um CD que Yuri (guitarrista da banda) encontrou de bobeira na Fnac de Marseille. Bjork cantando com um trio de Jazz da Islanda. Soa maravilhoso, diluente nos ouvidos, mas ao mesmo tempo, mantém minha busca de entender a distancia entre harmonia e melodia que ela faz inocente. O mesmo com a canção Luktar-Gvendur. A vassoura fica arrastando na bateria, feito piaçaba de Vovó no terreiro quente em Carpina. Eu acho que ela canta em Islandês!!!!! O piano é um menino que picota sorrateiro a voz forte e redonda, como uma bola lançada. Já viram as saias que ela usa?
O meu (re)encontro com o Recife sempre é desprovido de pensamento antigo. Eu sempre chego de viagem pensando no que vai acontecer amanhã, com a paisagem que deixei antes. Se vai ter prédio no lugar da casa ou se alguma banda conhecida da Cidade gravou um novo disco. Enquanto o avião faz a curva entre o Ibura, o Jordão e a Av.Recife, soa no ipod “Overture”, a faixa que abre o Cd "Dancer in the dark", cujo filme, o choro no final parecia inevitável. Depois enquanto o avião aterrisa, o som das máquinas, parece que é de trem, locomotiva, tricota a voz da “doida”, como falava Wilson (Baterista da banda)!
Conto de fadas urbano.
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1 Comentários:
muito sucesso para silverio!
bjork arrasa !
amo esse filme 'dancando no escuro' tambem sempre choro no final (:
beijoos.
venha mais vezes ao rio de janeiro!
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